terça-feira, 27 de junho de 2017

ACANTOCÉFALO, O VILÃO DA PISCICULTURA: PARASITA ATACA RONDÔNIA

Pertencente à classe dos  nematelmintes, a espécime dos acantacéfalos (ákantha 
= espinho + kephalé = cabeça) parasitas “com a extremidade anterior do corpo
 provida de espinhos ou ganchos”.

               Não seria preciso ser nenhum vidente, necessariamente, e, nem tampouco, um mago das adivinhações para prever que ‘a atividade da aquicultura no estado de Rondônia corre sérios riscos e ameaças’, a curto e médio prazos, com grandes possibilidades e com índice de probabilidade considerável para sofrer ataques parasitários e, consequentemente, ocorrer um “boom” indesejável, por os mais diversos agentes, dentre estes, parasitas, fungos, vírus e bactérias, capazes de comprometer sobremaneira uma das mais importantes atividades econômicas do Estado, tendo como consequência o descaso com à sanidade animal que ameaça comprometer a produção de pescado no Estado.

               Como o estado de Rondônia tem uma verdadeira inclinação para a piscicultura, com um potencial de recursos hídricos que formam uma verdadeira malha de rios e igarapés, perfeitamente ajustáveis à produção de pescado — peixe, camarão e rã —, as demandas por tecnologia, em todos os níveis da cadeia produtiva da aquicultura aumentaram, proporcionalmente, e estas necessidades não vem sendo atendidas por parte do poder público, em especial o Governo de Rondônia, que vem insistentemente incentivando o desenvolvimento da piscicultura e as prioridades nas áreas de recursos humanos, financeiros e materiais não tem sido correspondidas de acordo com as reais necessidades.

               A atenção mundial por parte de pesquisadores e cientistas de todo o mundo se voltam diante do atual quadro da presença de zoonoses parasitárias, transmitidas através do consumo de pescado de água salgada e doce, e se tornarem um problema de saúde pública da população que pode ser infectado com o consumo de pescado cru, como “sushi” e “sashimi”, reflexo da cozinha oriental, presente em nossos dias.

               A presença de parasitas zoonóticos nos peixes cultivados no Brasil, é uma realidade que não gostaríamos em explicitar neste material, mas não se pode tentar tapar o sol com uma peneira e a única alternativa é mostrar a nossa realidade, nua e crua, para que as autoridades competentes tomem as devidas providências para equacionar o problema e no estado de Rondônia não poderia ser diferente.

               O senhor Manuel Paulo de Almeida, piscicultor do estado do Amazonas, nos pergunta através de WhatsApp:

1.     Quais são as principais doenças que podem surgir na piscicultura e quais são as recomendações técnicas para erradicar o problema?

RESPOSTA

Em atendimento a sua pergunta, Senhor Manuel, temos a comentar:   

— com a exceção da fagicolose, doença presente e que afeta o ser humano e causa distúrbios diversos, dentre estes se podem citar as cólicas, a diarreia, a flatulência e o emagrecimento. As zoonoses que oferecem risco à saúde humana, transmitidas por consumo de pescado cru, pode-se citar: anisaquíase, a eustrongilidíase, amcapilaríase, a fagicolose, clonorquíase e adifilobotríase, dentre outras, estas não estão presentes no dia a dia do brasileiro, acreditando-se que isto ocorra por ausência de pesquisas e de diagnósticos, no atual momento.

               De acordo com pesquisas realizadas para atender a pergunta de nosso prezado leitor, piscicultor Manuel, temos a acrescentar que as espécies de peixes da ictiofauna da Bacia Amazônica estão vulneráveis as seguintes doenças:

i)  Saprolegniose (micoses dérmicas): quase sempre causada por fungos Saprolegnia, Achlya, Aphanomyces e Dictyuchus, conhecidos na terminologia científica da região como “mofos aquáticos”. Todos os exemplares quando são portadores da “micose dérmica”, independente de espécies, idade e tamanhos apresentam alterações significativas no comportamento natatório, atípico de suas respectivas naturezas. Quando em estado avançado, o animal apresenta o corpo com uma coloração branca (algodão) e, posteriormente, com a sujidade, uma coloração marrom.

ii)      Branquimicose (Branchiomyces sp.,) esta doença é conhecida como “necrose das guerras” conhecidas com o nome de “gill rot” e quase sempre associada à baixa qualidade da água e ao pH ácido do ambiente aquático, onde o peixe é cultivado.
iii)   Ictiofiríase ocasionada pelo agente Ichthyophonus hoferi em ambientes com baixas temperaturas.
iv)     Fungos sendo os principais que se manifestam na piscicultura: Rhizopus sp., Dermocystidium sp., Exophiala sp., Hyphomycete e outros.

               De acordo com a fonte pesquisada, o  que mais pode causar doenças aos peixes confinados é o manejo inadequado e consequente retirada de escamas, acarretando contaminação bacteriológica ao animal, corroborando com a máxima que afirma: “um dos maiores motivos pela susceptividade dos peixes e se tornarem vulneráveis a ataques com estes  fungos explicitados é a retirada de parte do muco protetor dos peixes.”

               Após realizado o Diagnóstico da Saúde Sanitária da piscicultura no estado de Rondônia o Governo do Estado terá uma missão muito especial:

1.  Dotar os Serviços de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural, sob a responsabilidade da EMATER-RO, de recursos humanos, financeiros e materiais para prestar uma assistência técnica de qualidade para atender, a contento, as demandas da piscicultura do Estado;

2. Promover a realização de Concurso Público para Provimento de Cargos para contratação de profissionais com Graduação em Engenharia de Pesca, egressos da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, disponíveis no mercado e sem perspectivas de trabalho, até o presente;

3. Estruturar o Setor Pesqueiro e Aquícola de Rondônia dotando os pontos estratégicos do Organograma Administrativo do Estado de Rondônia, com profissionais com formação específica para implementar as ações preconizadas e necessárias para o desenvolvimento do setor produtivo pesqueiro.

               Por que a administração do governador Confúcio Moura não tem atendido as demandas das necessidades da aquicultura no estado de Rondônia?

               Resposta: Esta pergunta poderia ser feita diretamente ao próprio governador Confúcio Moura e, com certeza, que ele iria responder, com todas as letras:

               - “porque eu sou muito preocupado e, ao mesmo tempo, muito teimoso, e estou sempre ouvindo os conselhos de pessoas erradas e sem formação para tal”.

               Se o governador não responder com estas palavras, eu que vou afirmar: é porque realmente ele é muito teimoso. Desculpe-nos, Sua Excelência.

               Poderia, com certeza, responder o governador Confúcio Moura e justificar tanta teimosia.

               Para se responder esta pergunta formulada, se pode responder com uma outra pergunta ao próprio governador Confúcio Moura:

               Se Vossa Excelência não fosse um profissional da área de medicina (médico) e não conhecesse de perto as necessidades da Saúde de Rondônia e um conhecedor no campo da medicina curativa e preventiva o Estado teria atingido ao atual estágio de desenvolvimento que hoje alcançou, com um grau de satisfação por qualidade dos serviços prestados à população e a avaliação realizada por parte da população, com os níveis e os números de pacientes atendidos, nas mais diversas áreas de atuação e com atendimento para a população?

               Resposta: Claro que a resposta seria NÃO.

               Quando a qualidade do atendimento na área da saúde pública tem um atendimento 5 estrelas, a recíproca passa a ser verdadeira com a melhoria da qualidade do atendimento para a população.

               A saúde da população tem uma melhoria significativa e todos atingem seus objetivos:

               # O poder público cumpre o seu papel, como gestor e responsável pela boa aplicação dos recursos públicos;

               # A população recebe os benefícios, a contento, e suas necessidades serão atendidas.

                 Levando-se em consideração o crescimento abrupto da produção de pescado do estado de Rondônia, passando de 12 mil toneladas de pescado, na safra 2009/2010, para 100 mil toneladas, safra 2015/2016, de acordo com projeções de produção de pescado do Governo de Rondônia, os riscos aumentaram e se podem pontuar como fatores responsáveis, os seguintes pontos:

               # Ausências de diretrizes, no âmbito dos setores pesqueiro e aquícola suficientes para promover a gestão da pesca e da aquicultura, em consonância com as necessidades do Estado;

               # O Governo do Estado tem a obrigação moral em realizar a curto prazo um Diagnóstico Sanitário da Aquicultura no estado de Rondônia para se dimensionar o atual estágio da saúde sanitária do pescado, proveniente da piscicultura semi-intensiva e intensiva, em parceria com a UNIR e IDARON;

               # O Governo tem a obrigação em fortalecer a cadeia produtiva do pescado no Estado, considerando a deficiência de gestão pública e carência de recursos humanos, financeiros e materiais, no âmbito da pesca e aquicultura, suficientes para tornar a aquicultura de Rondônia uma atividade economicamente rentável, ambientalmente equilibrada, ecologicamente sustentável  e sanitariamente saudável;

               #  Como prevenção à saúde pública, recomenda-se abstinência do consumo de pescado cru ou mal cozido;

               #  Que o Governo de Rondônia viabilize Campanhas Educativas, no âmbito da pesca e aquicultura, envolvendo produtores rurais e piscicultores, nas áreas de meio ambiente e alimentação, através dos órgãos como EMETER-RO, SEDAM-RO, SEAGRI-RO e IDARON, e que sejam recomendados a utilização de produtos com eficiência sanitária comprovada, capazes de promoverem a melhoria da qualidade da água e a redução de patógenos responsáveis pela contaminação e doenças provenientes de fungos, vírus, parasitos e bactérias patogênicas, no meio aquático;

               # Viabilizar a implementação de projetos e estudos,  em áreas afins de sanidade animal, no âmbito da aquicultura, incluindo diagnóstico, inspeção sanitária,  com vistas à profilaxia e tratamentos curativos, como métodos seguros e eficazes, com o embargo da importação de alevinos, sem inspeção sanitária, procedentes de outros estados e de centros produtores de alevinos.

Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca (UFC-CE); Pós-Graduação em Tecnologia do Pescado (Lato sensu) pela  (FAO/UFRPE e MAPA); Pós-Graduação (Lato sensu) em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira pela (UNIR/CREARO) e tem Pós-Graduação (Stricto sensu), em nível de Mestrado, em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela (UNIR).

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sábado, 24 de junho de 2017

TEMER CAIU DA RATOEIRA DA JBS: MANDATO POR UM FIO


O presidente Michel Temer se livrou em perder o mandato de presidente da República, neste recente julgamento do TSE, realizado no período de 6 a 8 de junho de 2017,  por um placar considerado por muitos como vergonhoso, de 4 x 3, capitaneado e com o voto de Minerva do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, contrariando as expectativas da maioria da população do Brasil — que apostava todas as suas fichas que a Corte do TSE iria votar de acordo com as provas dos autos, portanto, uma votação técnica, e para maior surpresa ‘e infelicidade geral da nação’ a maioria dos ministros que compõem o TSE fez opção em votar politicamente e, assim, salvar o mandato presidencial e a elegibilidade política da ex-presidente Dilma Rousseff.

O presidente Michel Temer se livrou de uma cassação — considerada como certa por  a maioria dos analistas políticos e na ótica da população que acompanham a atual conjuntura política — com quatro cambalhotas dadas por 4 ministros que fazem parte da Corte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fizeram o possível e o  impossível,  para justificar o injustificável, e confundir a opinião pública, se fingir em não enxergar e não aceitar as fartas provas materiais das gatunagens contidas nos autos do Processo da cassação da chapa Dilma-Temer, apresentadas pelo Relator, ministro Herman Benjamim.

Todo o cidadão de bom senso e em sã consciência entendeu, através de veiculações de fartas matérias na mídia eletrônica, falada, escrita  e televisada que a as eleições de 2014, em especial para presidente da República, foram recheadas por abuso de poder político e de poder econômico, (e até quem suspeite da possibilidade de terem sido fraudadas)  que aos olhos de todos pareciam favas contadas a cassação da chapa Dilma-Temer, e no final desta história deu no que deu: a chapa Dilma–Temer foi absorvida, por o placa de 4 x 3, pró chapa Dilma-Temer, e o presidente Michel Temer foi salvo pelo gongo e, depois, caiu num precipício, em uma região formada por um verdadeiro lamaçal e bancos de areias movediças que dificilmente ele (Temer) terá resistência física e barganha política capazes de sobreviver e salvar o mandato que assumiu.

Após a homologação da Delação Premiada realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tendo o ministro Luiz Edson Fachim sido confirmado pelo colegiado de ministros que compõem a Suprema Corte como Relator do Processo de Delação Premiada da JBS, e as coisas que estavam pardas, agora se transformaram negras para o lado do presidente Michel Temer.

Caso seja comprovada a veracidade do áudio apresentado pelo Delator da JBS, como acaba de confirmar a PF, na qual Temer ‘dá o aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha  (PMDB-RJ) e autoriza o então deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR para resolver pendência da empresa’, segundo denúncia do Diretor da JBS, aí serão ‘outros quinhentos’. Neste caso, o presidente Temer poderá ser afastado do cargo, através de um processo de Impeachment, com o rito semelhante ao anterior que cassou a então presidente Dilma Rousseff, o mandato de presidente da República, e o cargo tende a escorrer pelos ralos da República e o seu destino será incerto, podendo ser condenado e até cumprir pena por os crimes praticados, em cumprimento a dispositivos constitucionais da Constituição Cidadã de 1988.

 Com o impacto das denúncias da JBS e a fragilidade da impopularidade do presidente Temer, as bases de sustentação formadas com partidos aliados, que hoje fazem parte do Governo, com cargos, em todos os níveis, estão dando sinais de cansaço, diante da rejeição e não aprovação da Reforma Trabalhista e de visíveis sinais de dificuldades da Reforma da Previdência, que mediante o marchar da carruagem deverá ser posta para um segundo momento, tendo agora a prioridade a salvação do mandato do presidente Temer, corroborando com o provérbio popular: “com farinha pouca, meu pirão primeiro”.  

PROGNÓSTICO PARA OS PRÓXIMOS DIAS

Em Brasília, capital da notícia em tempo real, sempre quente e mediúnica, estão anunciando que a meteorologia política para as próximas dias, a partir desta segunda-feira, 26, preveem fortes chuvas de pedidos de impeachment para o presidente Michel Temer, por crime de responsabilidade e por corrupção passiva, e pela Lei de sobrevivência destes casos, este filme estamos casados em assistir e o resultado é fatal, tiro e queda.

DE ACORDO COM A PRESSÃO, TUDO PODE ACONTECER.

Com o então presidente GETÚLIO VARGAS:

  Quando o então presidente Getúlio Vargas se sentiu ameaçado por forças antagônicas ao seu governo e decepcionado com alguns de seus principais aliados e sem ter forças para superar as adversidades, encontrou uma saída: o suicídio, com um tiro do peito;


Com o então presidente JÂNIO DA SILVA QUADROS:


  Quando o então presidente Jânio da Silva Quadros, com pouco mais de 7 meses de mandado, se sentiu ameaçado por “forças ocultas”, segundo suas justificativas, anunciou a sua renúncia, surpreendendo a todos os seus amigos e correligionários que até hoje ninguém entendeu os reais e verdadeiros motivos para que o então presidente cometesse tal proeza, inusitada e não compreendida, no mundo da política.


Com o então presidente JOÃO GOULART:

 Quando o então presidente Jânio da Silva Quadros anunciou a sua renúncia, após poucos meses de sua eleição, com uma votação e uma maioria esmagadora, o vice-presidente João Belquior Marques Goulart se encontrava fora do Brasil e, de imediato, procurou retornar para assumir o mandato de presidente da República.

Por suas convicções consideradas pelos militares de cunho comunista, os militares tiveram algumas resistências à posse do vice-presidente eleito, de imediato, mas em respeito as regras constitucionais, João Goulart eleito como o vice-presidente do candidato derrotado — em uma eleição atípica, quando o eleitor votava no candidato a presidente e no candidato a vice-presidente, tomou posse como presidente da República Federativa do Brasil.

Após alguns deslizes praticados pelo então presidente João Goulart, que contrariaram os interesses da classe militar vigente no Brasil, no dia 31 de março de 1964 ocorreu um Golpe Militar, e, ao mesmo tempo batizado como “Revolução de 31 de março” com a justificativa de retomar a estabilidade democrática e política do Brasil, diante do atual estágio de fragilidade a que enfrentava o Governo, e em salvar o Brasil das garras do comunismo — que fora cantado em versos e em prosas pelos militares, como uma invasão do regime comunista para dominar as bases democráticas do país, na versão do regime militar vigente no país.

Com o então presidente FERNANDO COLLOR DE MELO:

Quando o então presidente Fernando Collor de Melo, um jovem presidente, se viu perdido, com os caras pintadas nas ruas, gritando FORA COLLOR! FORA COLLOR! e o processo de impeachment em votação no Congresso Nacional, Collor escreveu sua renúncia, embora tardia, e mesmo assim o Congresso Nacional  proclamou o seu afastamento, através de um processo de Impeachment e se tornou inelegível por 8 anos.

Com a então presidente DILMA ROUSSEFF:

Quando a então presidente Dilma Rousseff se viu encurralada e sem saída, após conviver com um processo de impeachment, sendo afastada do cargo, por até seis meses, sob a alegação de “Crime de Responsabilidade” e de “Pedaladas Fiscais”, acusada em contrair empréstimos aos agentes financeiros do próprio Governo, sem autorização do Congresso Nacional, em momento algum cogitou em renunciar ao mandato que lhe fora conquistado, através do voto popular, até hoje questionado por seus opositores quando os métodos utilizados para esta conquista e os resultados todos conhecemos: Dilma perdeu o mandato de presidente da República e conseguiu preservar seus direitos políticos, após uma manobra do presidente do Senado, senador Renan Calheiros, endossado pelo então presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, que rasgaram a Constituição de 1988.

Com o atual presidente MICHEL TEMER:

Vamos aguardar para ver que bicho vai dar.

Eu, que gosto muito em apreciar os resultados e não costumo jogar, aposto todos os peixes dos meus viveiros que como será muito difícil o presidente Temer escapar da degola, desta vez.

Na primeira vez, o TSE fez vista grossa e dois ministros recém indicados pelo presidente Temer fez o seu dever de casa e votou para salvar o padrinho, digno e verdadeiro e ser salvo em responsabilizado pelos crimes praticados, em parceria com a titular da chapa, então candidata e ex-presidente Dilma Rousseff.

Desta vez, mediante provas robustas, segundo anúncio de diretores da JBS, que prometem apresentar, com perícias etc & tal, e provar que “o presidente Temer é o chefe da quadrilha de corrupção mais perigosa do Brasil”, segundo entrevista na Revista Época, desta semana, e com a baixa credibilidade do presidente, só Deus e um milagroso voto de Minerva do ministro Gilmar Mendes, que desta vez será impossível, poderiam salvar o seu mandato.

Diante das atuais circunstâncias, para o presidente Michel Temer as seguintes opções podem ocorrer:

PRIMEIRO: Ser afastado do exercício do mandato, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme a gravidade e complexidade dos crimes praticados e com provas apresentadas pela Delação Premiada da JBS;

SEGUNDO: Sofrer um Processo de Impeachment, seguindo o rito determinado pelo STF;

TERCEIRO: Apresentar renúncia, conforme realizado pelo então presidente Fernando Collor de Melo e ou aguardar pela votação no Plenário do Congresso Nacional;

QUARTO: Seguir o exemplo do então presidente Getúlio Vargas, que não seria, jamais, recomendado e aconselhado por nenhum brasileiro, de bom senso.

Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em engenharia de Pesca e tem Pós-Graduação, em nível de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
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terça-feira, 13 de junho de 2017

CRIME SEM CASTIGO: LULANONIKOV O RASKÓLNIKOV DO CRIME E CASTIGO


              Quem não conhece uma das principais obras de Fiódor Dostoiévski, escritor russo, que narra a saga do mundo da criminalidade de Radion Românovitch Raskólnikov, um jovem acusado em cometer vários delitos, em o ‘CRIME E CASTIGO’, e como se pode explicar para que se entenda por que os cenários criados por autor, em São Petersburgo, na Rússia,  pode ter um desfecho com tanta semelhança perfeito, no mundo real, ter semelhança tão próxima, num país da América do Sul, Brasil, como se a vida do personagem na vida real imitasse ou copiasse à arte na Dramaturgia e da ficção, na Literatura.
       Nosso intuito é o de focar um paralelismo de fatos semelhantes — com personagens distantes e não contemporâneos —, com o objetivo de provar que a literatura tem a capacidade de materializar os personagens, até em situações adversas ao esperado pela sociedade.
            Por que se escolheu a Literatura e a Dramaturgia como ferramentas e matérias primas para revelar os atores principais e os coadjuvantes nesta analogia e, ao mesmo tempo, identificar a verdadeira alma da criatura humana, no âmbito da Psicologia e da Psicanálise, quando os protagonistas são submetidos a longos interrogatórios e estes usam seus recursos disponíveis, destilam seus venenos e utilizam suas fantasias e arrogâncias para impressionar,  afastar o medo e não fraquejar nas respostas, durante todas as fases dos interrogatórios?

          Quando as coincidências falam mais alto, como se percebe com certa nitidez na obra de Dostoiévski, em “CRIME E CASTIGO”, no personagem RASKÓLNIKOV, como, também, quanto com o ator principal da CRÔNICA “CRIME SEM CASTIGO”, com o LULANONIKOV, quando as coincidências de aproximam a tal ponto que até o temperamento do personagem real da CRÔNICA “CRIME SEM CASTIGO” tem atos e ações com requintes de amor e de crueldade, uma hora chora e outra quer matar e comer a cobra, e, ao mesmo tempo, como predestinação de vidas passadas que influenciam desfechos atuais e descritos como imagens de filme de suspense que todos querem ver o desfecho, normalmente,  em suas últimas  cenas.
RASKÓLNIKOV 01:

Tudo começa com RASKÓLNIKOV, um rapaz pobre e desempregado, sem profissão  e sem estudo, um simples ex-aluno, angustiado, sem ter dinheiro para se sustentar, que morava em um apartamento alugado e algumas vezes pago pelos amigos, e outros, em atraso, obrigando aumentar a angústia —  quando a locatária do imóvel o ameaçava e  exigia o pagamento de juros e correções dos aluguéis acumulados, e ele não dispunha de recursos financeiros para saudar seus compromissos e, por isso, perambulava dias e noites pelas ruas de São Petersburgo, uma cidade de noites cinzentas e frias, localizada no sul da Rússia.
LULANONIKOV 01:

                        Começa com LULANONIKOV, um rapaz pobre e desempregado, sem profissão e sem estudo, um simples ex-aluno, angustiado que mora de aluguel pago por seus amigos, e não dispunha de recursos financeiros para saudar seus compromissos e perambula pelas ruas de São Paulo, uma cidade com noites com garoas e frias, localizada no sul do Brasil.
 RASKÓLNIKOV 02:

A obra “CRIME E CASTIGO” tem uma concentração obstinada na alma e na capacidade de liderar e de oportunizar o possível na mente dúbia do personagem RASKONIKOV  e todos os passos seguintes são orientados e levam ao leitor a viajar pelos tortuosos e emaranhados  caminhos da mente do personagem central  — e, daí,  mostram suas ações, metas e propósitos, no âmbito do campo da psicologia e da psicanálise.
O espírito conflitante do personagem obriga o leitor a investigar e periciar suas intenções maquiavélicas, que leva o leitor a identificar que nos bastidores de temas universais se escondem o peso de consciência, o arrependimento, a função de um ser humano, no seio da sociedade, seu comportamento irrequieto e centralizador, enquanto humano, e sem consciência da verdadeira dimensão entre o certo e o errado.
LULANONIKOV 02:

A ideia central de o “CRIME SEM CASTIGO” se concentra na capacidade e na ingenuidade que o personagem materializou no seu engenhoso cérebro, em visualizar a inexistência de inteligência dos demais seres humanos — quando o  LULANONIKOV  conduz em seus passos seguintes, orientados por seu espírito de liderança e a ambição material.
Visto por este prisma, ao se deter ao personagem central, leva o leitor e seguir  e a percorrer os escuros porões cavernosos de sua imaginação — característica misteriosa do personagem  —, e suas ações são nitidamente evidenciadas, metas e propósitos, interpretadas com nitidez, no âmbito da Psicologia e da Psicanálise, como forma de investigar e periciar suas intenções maquiavélicas, que leva todo o observador a identificar que por traz de temas universais se escondem o peso de consciência, do arrependimento, função básica do ser humano, no seio da sociedade, seu comportamento, enquanto humano, e perder de vista a verdadeira dimensão entre o certo e o errado.
Estas características são peculiares e muito coerentes com a percepção de um homem limitado de conhecimentos, de pouca leitura  e com precária consciência jurídica e as consequências e as punições que estarão por vir de cada sentença proferida e publicada.
RASKÓLNIKOV 03:

O autor da obra se centra na alma de Raskonikov, um jovem  de personalidade forte e muito orgulhoso, que comete delitos, em série, quando todos percebem nitidamente o seu grau de periculosidade, sendo capaz de chegar ao extremo de suas forças, sem ter limites de sua capacidade intelectual para a prática de atos de toda sorte, para atingir seus intentos.
O escritor conduz o leitor habilmente pelos porões da mente dúbia do personagem ao revelar os seus pensamentos, metas ainda não definidas para, num segundo momento, expor suas angústias, seus conflitos, seus arrependimentos e sua autotortura mental, após cometer uma série de delitos dignos de um gângster perfeito, que leva o leitor a prender a respiração, obrigando-o à reflexão de temas universais  e, depois, todo o seu sentimento de dor e culpa, após cometer delitos simples e graves, ao seu estilo do sem limite, levando um inocente à prisão e assumir a culpa de um crime que não cometera, e passar muito tempo preso, submetido à coação e por suborno financeiro.
LULANONIKOV 03:

Neste tocante, o personagem LULANONIKOV é um jovem  com uma liderança autoritária e centralizadora, característica dos dirigentes sindicais — que por falta de maturidade intelectual e até por não medir consequências — comete excessos e práticas criminosas, ao arrepio da lei, ilícitos em série, aos olhos de todos e à luz da justiça, quando seus próprios aliados têm consciência de seus excessos, com dezenas de companheiros que caíram nas armadilhas e seguros pelas garras da justiça, sendo investigados, condenados e presos, a duras penas, por crimes praticados em grupo, no decorrer do todo o processo de construção de uma teia-de-aranha de corrupção, sem precedente em toda a história de vida do personagem central.
RASKÓLNIKOV 04:

A presença marcante de o “CRIME E CASTIGO”, característica que faz o romance de Dostoievski ser imperdível, tem a atuação do ator principal RASKÓLNIKOV ser uma interpretação magistral que atrai um público de todas as idades, ávido por personagem emblemático e inconsequente, sendo, portanto,  o ponto alto de toda a trama.
Ao ler seus primeiros capítulos, nos dar a sensação em assistir ao filme de uma história real e em caminhar lado a lado com  cada personagem, em um cenário concreto e material, tendo como ponto de partida a qualidade estilística da obra.
LULANONIKOV 04:

A presença marcante do personagem LULANONIKOV de o “CRIME SEM CASTIGO”  criou uma seleta torcida de seguidores e apoiadores de carteirinha e seus ferrenhos defensores, fato marcante e que não tem justificativa e não convence a ninguém, de seus apoiadores, que mostre o contrário de que o ator cometera delitos, em série, e respondam criminalmente por todas as acusações que lhe são amputadas — que mesmo sem provas materiais, nas concepções de seus aliados, que justifiquem que a justiça utilize de tais indícios para condenar um inocente — mesmo que aos olhos da Lei se constituem provas materiais suficientes para que o personagem seja julgado e condenado por todos os delitos cometidos, com os rigores da Lei.
RASKÓLNIKOV 05:

O personagem ao fazer sua mudança se apropria de  inúmeras joias da casa onde morava e de populares, e após receber muita pressão não chega a usar ou a usufruir desse ganho e, sentindo-se arrependido, enterra-as sob uma pedra e outras são devolvidas aos seus legítimos proprietários.
Após tal fato e seus desfechos, o romance relata de maneira detalhista os dramas psicológicos sofridos pelo autor dos delitos.
LULANONIKOV 05:

O ator principal ao fazer sua mudança, consegue levar uma farta carga composta com uma frota de caminhões de mudança, transportados em 11 caminhões para levar 8 mil presentes que integrava o acervo público, com 1.403.417 itens levados, e com um caminhão climatizado para transportar a adega, com bebidas raras, nacional, importadas, caras, dentre estas vinhos e outras bebidas, que sobraram dos 8 anos de drink’s e de comemorações, de acordo com publicações da mídia eletrônica, em arquivos disponibilizados.
RASKÓLNIKOV 06:

Dentre a lista de objetos subtraídos da casa e dos vizinhos, o ator levou uma Bíblia Sagrada que contribuiu para a confissão de crimes praticados, ao contar com a enorme influência de uma mulher de vida fácil que, antes disso, compartilha com Raskólnikov a descrição da Ressurreição de Lázaro, contida no Novo Testamento.
                                             Bíblia Segrada, Novo Testamento
LULANONIKOV 06:

Dentre os livros subtraídos por nosso ator, transportados com as demais peças no momento da mudança, o protagonista de o “CRIME SEM CASTIGO”  também se apropriou de uma Bíblia Sagrada e de um Crucifixo, em ouro e madeira, esculpido por Aleijadinho, foi levado na mencionada mudança, de acordo com um farto material veiculado na mídia eletrônica.

Crucifixo em ouro e madeira, esculpido por Aleijadinho.


RASKÓLNIKOV 07:

Apesar de investigar Raskólnikov, a polícia termina por prender um inocente que se intitulou culpado, devido à pressão que sofrera. Ao ser interrogado por um Juiz que conduzira o inquérito, mediante uma série de contradições, o personagem, por fim, confessa o crime que cometera.
Raskólnikov assassina Alena Ivanovna,
a velhinha usurária.

O personagem confessa os crimes que cometera — incluindo dois assassinatos e uma penca de delitos menores — o inocente que fora subornado e que estava preso, injustamente, em seu lugar, e fora posto em liberdade. O ator foi condenado a 8 anos de prisão, em regime fechado, na Sibéria, sem o consentimento e a contra-gosto de seu público fervoroso e de seus aliados e admiradores.
LULANONIKOV 07:

Após várias investigações, denúncias e depoimentos, o personagem se tornou réu em 5 processos, mesmo sem confessar e continuar insistindo na mesma tecla que é inocente.  O mais recente inquérito policial refere-se à denúncia formalizada pelo Ministério Público que deverá levar o nosso personagem à julgamento, em breve.
No conjunto da obra, não se encontra nenhum inocente e nenhum mocinho em toda esta história contemporânea, quando dezenas de  centenas de aliados, em todos os níveis da hierarquia utilizada da administração do poder — e foram investigados, diversos foram presos, através de prisões preventivas e prisões temporárias, outros julgados e condenados e vários ainda cumprem penas   e outros, em processo de julgamento, enquanto o nosso ator tem provado para todos que na arte da Dramaturgia o que importa é ser competente e saber desempenhar o papel, com desenvoltura e determinação.
Se depender da convicção de nosso ator principal e da vontade popular de seus ferrenhos aliados e seguidores, todos estes processos seriam arquivados e os acusadores iriam ser transformados em réus e acabariam todos atrás das grades.
Toda esta saga de investigações, formalizações de processos e outras diligências jurídicas,  que se arrastam por mais de dois anos, se depender de sua própria vontade,  estas investigações se transformariam em meras peças de ficção literária e tudo que até agora tem sito feito,  no âmbito da Força Tarefa da Operação Lava-Jato, com o apoio da Polícia  Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), seria transformado em uma obra de arte e esta Crônica “CRIME SEM CASTIGO”, seria transformada em uma obra da vida real, bem ao estilo da linha ideológica de nosso ator, com o pedantismo e arrogância que lhe é peculiar, aos arrepios da Lei, onde a impunidade não teria limites e as instâncias jurídicas seriam meras   formalidades e não estariam para punir e, sim, para ornamentar e facilitar a impunidade.